terça-feira, 25 de janeiro de 2011

o bóne

 


O senhor Alípio foi comprar um boné. O que usava já tinha perdido a cor de tanto sol e tanta chuva que apanhara. O senhor Alípio trabalhava ao ar livre, nas obras, é preciso que se saiba.
- Quero um boné com pala - pediu o senhor Alípio, quando chegou à loja.
O caixeiro da loja terá pensado que todos os bonés têm pala. Sem pala, só boinas. Ou barretes. Mas não comentou.
- Que tal um destes azuis, acabados de chegar da fábrica? - perguntou o caixeiro.
O senhor Alípio provou, viu-se ao espelho e não gostou.
- E este, com quadradinhos castanhos?
O senhor Alípio provou, viu-se ao espelho e não gostou.
- E este verde escuro?
O senhor Alípio provou, viu-se ao espelho e não gostou
- E este às risquinhas encarnadas?
O senhor Alípio provou, viu-se ao espelho e não gostou.
O caixeiro começava a achar que aquele freguês não era fácil de contentar. Sobre o balcão, um monte de bonés abandonados... O senhor Alípio já se dispunha a sair em cabelo, muito desconsolado, se não tivesse visto, no meio dos bonés rejeitados, um que lhe chamou a atenção.
Provou-o, viu-se ao espelho e gostou:
- Levo este.
- Mas é o que o senhor trazia na cabeça, quando entrou na loja - disse-lhe o desolado caixeiro.
- Ai, é? Levo na mesma - e saiu da loja, muito satisfeito, com um boné ou cinzento deslavado ou castanho ruço ou antes assim-assim.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Entrai Pastores
Entrai pastores entrai
Por este portal sagrado
Vinde adorar o menino
Numas palhinhas deitado

Alegra os céus e a terra
Cantemos com alegria
Já nasceu Deus Menino
Filho da Virgem Maria.

A todos um bom Natal

A todos um Bom Natal

Refrão
A todos um Bom Natal 
A todos um Bom Natal
Que seja um Bom Natal, para todos vós

No Natal pela manhã 
Ouvem-se os sinos tocar 
E há uma grande alegria, no ar 

Refrão

Nesta manhã de Natal 
Há em todos os países 
Muitos milhões de meninos, felizes 

Refrão

Vão aos saltos pela casa 
Descalças ou com chinelos 
Procurar suas prendas, tão belas 

Refrão

Depois há danças de roda 
As crianças dão as mãos 
No Natal todos se sentem, irmãos 

Refrão

Se isto fosse verdade
Para todos os Meninos
Era bom ouvir os sinos tocar.

Jogo da Feira

Idade: a partir de 5 anos
Participantes: 2 ou mais
Estimula: Atenção; Memória; Imaginação


Regra:
Um jogador diz em voz alta: Fui a feira e comprei.. por exemplo ”maçã”. O jogador seguinte repete a frase do primeiro acrescentando outra mercadoria comprada por exemplo:” batata”, o terceiro jogador repete as mercadorias que os jogadores anteriores disseram e acrescenta mais uma, ganha quem não repetir mercadoria e lembrar todas que foram faladas.

O pinheiro

No meio da floresta, vivia um pinheirinho muito envergonhado. Queixava-se ele de que tinha umas folhas insignificantes, tão magras e aguçadas, que as outras árvores, por troça, diziam:
- Tu não tens folhas. Tens agulhas, em vez de folhas.
Isso custava-lhe. Magoava-o. Entristecia-o.
A fada Flora, para alegrar o pinheirinho, vestiu-o, uma vez, de oiro e de prata.
Estava lindo. Sentiu-se outro. Perdeu as mágoas.
Mas um ladrão, que se tinha escondido na floresta, ao ver tal fortuna em ouro e prata, roubou-lhe as folhas todas.
Ficou o pinheirinho num grande desespero. O tronco e os ramos tiritavam, despidos de folhas.
Então, a fada Flora voltou a condoer-se do pinheiro triste e nu. Fez uma nova mágica e o pinheirinho, no dia seguinte, acordou coberto de agulhas de vidro tilintante.
Assim, sim! Nada podia acontecer-lhe de mal, porque o vidro não atrai cobiça.
Só não contava com o vento, que veio a correr, para admirar de perto tal maravilha. Desastrado como ele é sempre, abanou a pequenina árvore tanto que as folhas de vidro bateram umas nas outras. Caíram no chão e partiram-se.
Lamentou-se o pinheirinho:
- Afinal, mais me valiam as minhas antigas folhas verdes e aguçadas.
A fada Flora, cheia de paciência, tornou a dar-lhe o fato antigo de árvore verdadeira. Talvez ela já tivesse calculado que assim voltaria a acontecer. Talvez ela tivesse feito tudo de propósito...
Fosse como fosse, o pinheirinho estava, finalmente, feliz.
De longe em longe, muito de longe em longe, não disfarça um curto suspiro de saudade:
- Que bem que eu ficava, vestido de ouro e prata. E que bonito, todo coberto de vidro.
Mas é um pensamento de raspão e passa-lhe depressa.
No entanto, a lenda conta que alguém, adivinhando os pensamentos do pinheirinho, resolveu enfeitá-lo com lindas bolas de vidro de todas as cores e fios de prata e de ouro a fingir.
Assim nasceu o pinheiro de Natal.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A castanha

Era uma castanha que estava como as outras, pendurada de um castanheiro.
Chegando o tempo, as castanhas amadurecem e caem por si. Só que esta não caiu.
- Estou bem onde estou e não quero aventuras - dizia.
Uma a uma, as outras dos ramos iam caindo e rebolando pelo chão, protegidas pelo cobertor ouriçado que as cobria até ao nariz. Nariz é modo de dizer?
Vinham os garotos, estalavam-lhe os ouriços e metiam-nos nos bolsos. A tímida e teimosa castanha desta história a tudo assistia do seu mirante e não gostava.
- A mim não me levam eles - dizia.
Era a única que sobrava em todo o castanheiro. As folhas a fugirem da árvore, sopradas pelo vento, e ela a afincar-se ao ramo, com unhas e dentes. Unhas e dentes é um modo de dizer?
Sozinha, desabrigada, não estava feliz. Nem infeliz. Sentia até uma ponta de orgulho por ter conseguido resistir tanto tempo. Um sabor de vitória que a ouriçou toda.
- Ai que vou cair - gritou.
Mas, no último instante, conseguiu agarrar-se. Ainda não era daquela.
Entardecia. Um grupo de gente acendera uma fogueira, junto ao castanheiro. Os garotos, que tinham andado às castanhas, e os pais dos garotos e os amigos dos garotos riam e cantavam. Estavam a preparar o magusto da noite de São Martinho.
A castanha solitária, no alto do castanheiro nu, estranhou a vizinhança. E intrigou-se. Que estaria a passar-se.
Debruçou-se do ramo mais e mais. A madeira a arder estalava, mesmo por baixo da castanha, a última. O fumo entontecia-a. E se fosse ver de perto o que se passava?
Foi. Caiu. E a história acaba aqui. Paciência. É o destino das castanhas. Destino é um modo de dizer?

Mostra lá

Este blog, fala da reciclagem, onde mostra actividades de alnos do 2º ano do agrupamento vertical de Montemor-o-novohttp://mostrala1c.blogspot.com/